A avaliação da acuidade visual é um procedimento essencial na prática médica e oftalmológica. Esse exame permite medir a nitidez da visão de um paciente e identificar eventuais limitações que interfiram na capacidade de enxergar detalhes a diferentes distâncias. Tradicionalmente realizado de forma presencial, esse procedimento tem sido adaptado para o ambiente remoto com o apoio da telemedicina. Com os avanços tecnológicos e a regulamentação apropriada, tornou-se possível elaborar laudos de acuidade visual à distância com segurança, precisão e confiabilidade.
Neste artigo, exploraremos como é possível realizar um laudo de acuidade visual à distância, abordando as tecnologias envolvidas, os protocolos clínicos seguidos, os critérios de validação, as exigências legais e os benefícios tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde. A Athos Telemedicina, referência no setor, é a empresa responsável por executar esses processos com alto padrão de qualidade.
A acuidade visual refere-se à capacidade do olho humano de perceber e identificar detalhes finos em objetos, geralmente medidos por meio da visualização de símbolos (letras, números ou figuras) a uma determinada distância. O exame padronizado mais utilizado para mensurar essa função é o teste de Snellen, que apresenta linhas com letras de tamanhos decrescentes.
Essa medição é fundamental para diagnosticar condições como:
Miopia;
Hipermetropia;
Astigmatismo;
Presbiopia;
Ametropias combinadas.
A acuidade visual também pode ser afetada por patologias mais graves, como catarata, degeneração macular relacionada à idade, ou doenças da retina e do nervo óptico.
A telemedicina tornou-se uma alternativa viável e segura para diversos exames e acompanhamentos clínicos, incluindo a acuidade visual. Por meio de plataformas digitais especializadas, equipamentos padronizados e suporte remoto de oftalmologistas, é possível avaliar a capacidade visual dos pacientes mesmo à distância.
A Athos Telemedicina, empresa especializada nesse tipo de atendimento remoto, segue rígidos protocolos técnicos e clínicos para assegurar a fidedignidade dos dados e a confiabilidade dos laudos emitidos. Todas as etapas são conduzidas com base em diretrizes nacionais e internacionais.
A execução de um laudo de acuidade visual à distância exige uma estrutura organizada e tecnológica que garanta a padronização dos testes e a correta interpretação dos resultados. Os principais componentes são:
Tela de alta resolução ou projetor, dependendo da metodologia adotada;
Ambiente controlado, com iluminação adequada e ausência de reflexos;
Distância fixa e padronizada entre o paciente e a tela de teste (geralmente 3 ou 6 metros, conforme o protocolo);
Suporte técnico local, como um agente de saúde treinado, quando necessário.
A Athos Telemedicina disponibiliza uma plataforma própria que integra: Interface para apresentação dos optotipos (letras ou figuras), registro automático de respostas, vídeo em tempo real com supervisão remota, criptografia de dados e registro auditável.
Os exames seguem as orientações estabelecidas por entidades como:
Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO);
American Academy of Ophthalmology (AAO);
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Esses protocolos asseguram que os critérios técnicos — como a escolha do optotipo, distância padronizada, correção óptica utilizada e tipo de resposta do paciente — sejam respeitados mesmo em ambiente remoto.
A escolha do optotipo é um elemento determinante para a confiabilidade do exame de acuidade visual realizado à distância. Optótipos são os símbolos utilizados para avaliar a nitidez da visão e, na prática da telemedicina, eles devem seguir padrões internacionalmente reconhecidos quanto à proporção, contraste, espaçamento e escala logarítmica. Entre os mais utilizados nas soluções remotas estão os optotipos de Snellen, que apresentam letras de diferentes tamanhos e são apropriados para adultos alfabetizados.
Quando o exame é realizado em populações analfabetas ou com baixa escolaridade, é usado alternativas como o optotipo E de Snellen, no qual o paciente deve indicar a direção da abertura da letra "E", ou o anel de Landolt, que possui uma abertura em diferentes posições. Em crianças ou pessoas com barreiras linguísticas, figuras padronizadas como as utilizadas nos testes LEA ou HOTV se tornam preferenciais. A Athos Telemedicina adota diferentes tipos de optotipos conforme a faixa etária, perfil educacional e finalidade clínica do exame, garantindo precisão mesmo em avaliações realizadas remotamente. A padronização do tipo de optotipo é essencial para que os resultados sejam reprodutíveis e comparáveis com exames presenciais.
O paciente agenda o exame por meio da clínica.
Realiza-se uma triagem prévia com coleta de dados clínicos e histórico oftalmológico, incluindo: Idade, uso de óculos ou lentes, queixas visuais, doenças pré-existentes.
O teste de acuidade visual é conduzido com um optotipo digital padronizado, via tela de computador ou dispositivo móvel calibrado.
O paciente é instruído a ocluir um olho por vez e informar as letras ou símbolos que consegue visualizar.
O sistema da Athos Telemedicina registra automaticamente as respostas, e o profissional remoto supervisiona o processo por vídeo.
Um médico oftalmologista vinculado à Athos Telemedicina analisa os resultados registrados.
O laudo é elaborado considerando: Acuidade visual com e sem correção, comparação entre olhos, possível necessidade de encaminhamento.
O laudo final é gerado em formato digital com assinatura eletrônica certificada.
É enviado ao paciente e/ou à clínica solicitante por meio da plataforma segura da Athos.
A acuidade visual é um teste sensível a variações ambientais e técnicas. Para garantir a validade clínica do exame remoto, a clínica deve adotar práticas rigorosas, como:
Validação da distância por meio de marcações no ambiente;
Checagem de iluminação com parâmetros mínimos (em lux);
Uso de optótipos reconhecidos por normas ISO (ex: optotipo de Sloan, Landolt C);
Supervisão em tempo real com verificação da conduta correta do paciente;
Registro de imagens ou vídeos, quando necessário para controle de qualidade.
Todos os dados são armazenados de forma segura, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo a confidencialidade das informações dos pacientes.
Embora a telemedicina oferece alta acessibilidade, há limitações técnicas e clínicas que devem ser respeitadas:
Baixa conectividade ou ausência de ambiente adequado podem inviabilizar o exame;
Pacientes com dificuldade cognitiva ou motora severa podem necessitar de avaliação presencial;
Condições oftalmológicas complexas (ex: avaliação de fundo de olho, pressão intraocular) não podem ser realizadas nesse modelo remoto.
Nesses casos, o paciente é encaminhado para consulta presencial, com base no julgamento do médico responsável.
A avaliação da acuidade visual à distância pode ser aplicada a uma ampla gama de perfis clínicos e demográficos, desde que respeitados os critérios técnicos e éticos estabelecidos pelas normativas vigentes. Pacientes que residem em regiões remotas ou que têm dificuldades de locomoção, como idosos, pessoas com deficiências motoras ou em estado pós-operatório, são frequentemente beneficiados por esse modelo. A telemedicina oftalmológica também tem se mostrado eficaz em programas de saúde ocupacional, permitindo a triagem periódica de colaboradores de empresas, motoristas profissionais e trabalhadores em atividades de risco.
Em contextos escolares, o exame remoto é útil na triagem de crianças em idade escolar, facilitando o diagnóstico precoce de alterações visuais que impactam diretamente no desempenho educacional. Pacientes em acompanhamento de doenças crônicas oculares ou que necessitam de avaliações seriadas, como no caso de pós-operatórios de catarata ou de cirurgia refrativa, também podem ser monitorados remotamente com segurança. A Athos Telemedicina adaptou sua metodologia de acordo com as necessidades clínicas e o contexto do paciente, priorizando a individualização do cuidado e a qualidade dos dados obtidos.
A realização desse tipo de laudo por meio da Athos Telemedicina oferece uma série de benefícios:
Acessibilidade: Permite atendimento em locais remotos ou com carência de oftalmologistas;
Rapidez: Laudos emitidos em curto prazo, geralmente em 24 horas;
Custo-benefício: Reduz custos com deslocamento e estrutura física;
Padronização: Garantia de uniformidade nos testes e nos critérios avaliativos;
Acompanhamento contínuo: Ideal para pacientes em monitoramento de condições visuais.
A realização de laudos médicos à distância está respaldada por normativas brasileiras e internacionais. No Brasil, os principais dispositivos legais são:
Resolução CFM nº 2.314/2022 – regula a prática da telemedicina;
Lei nº 13.989/2020 – autoriza o uso da telemedicina durante a pandemia (ainda referência para novas resoluções);
LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018) – rege o tratamento de dados pessoais.
A Athos Telemedicina cumpre integralmente essas normas e mantém sua atuação registrada nos Conselhos Regionais e Federal de Medicina.
Diversas publicações respaldam a eficácia da avaliação de acuidade visual à distância, quando realizada com controle técnico adequado. Entre elas:
"Remote visual acuity testing: a systematic review" – Journal of Telemedicine and Telecare, 2021 – destaca a precisão dos testes remotos com validação clínica;
"Tele-ophthalmology: opportunities and challenges" – Indian Journal of Ophthalmology, 2020 – enfatiza os avanços na oftalmologia digital;
Estudos do CBO – que mencionam o uso de telessaúde como ferramenta complementar na triagem e acompanhamento visual.
A elaboração de laudos de acuidade visual à distância é uma realidade segura, eficiente e legalmente amparada. Com a estrutura tecnológica correta e a supervisão de profissionais qualificados, é possível obter resultados confiáveis e contribuir com o acesso à saúde visual de forma ampla e moderna.
A Athos Telemedicina, com sua expertise na área, atua com responsabilidade e inovação para garantir que cada exame seja realizado dentro dos mais altos padrões técnicos, clínicos e éticos. Seja em zonas urbanas, rurais ou remotas, a empresa assegura atenção especializada e humanizada, com foco no bem-estar e na visão dos pacientes.
Conselho Federal de Medicina (CFM).
Resolução CFM nº 2.314/2022 – Define e disciplina a telemedicina como forma de serviços médicos mediados por tecnologias.
Disponível em: https://portal.cfm.org.br/images/PDF/resolucao2314-2022.pdf
Ministério da Saúde.
Manual de Telessaúde para a Atenção Primária à Saúde – 2023.
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/atencao-primaria/manual-de-telessaude-2023.pdf
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
ABNT NBR ISO 8596:2018 – Óptica e instrumentos ópticos – Determinação da acuidade visual – Método de ensaio.
Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=403903
Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Diretrizes do Exame Oftalmológico – Acuidade Visual.
Disponível em: https://www.cbo.net.br/novo/medicos/diretrizes.aspx
Hospital das Clínicas – UFMG / Centro de Telessaúde.
Teleoftalmologia: aspectos técnicos e clínicos na Atenção Primária à Saúde.
Disponível em: https://telessaude.hc.ufmg.br/teleoftalmologia/